Academia AMAL: Sabonetes com Esperança
Capacitar mulheres migrantes e refugiadas num espaço seguro onde podem desenvolver competências técnicas e interpessoais, preparando-se para o mercado laboral e promovendo a inclusão social.
As mulheres migrantes e refugiadas têm maiores dificuldades de acesso ao mercado de trabalho em Portugal: barreiras linguísticas, discriminação e falta de reconhecimento das suas qualificações. Estas dificuldades geram exclusão social, dependência económica e desperdício de talento.
O QUE FAZEMOS?
PORQUE É INOVADORA A ACADEMIA AMAL?
Num mundo onde muitas mulheres migrantes enfrentam dupla discriminação – por serem mulheres e migrantes – a Academia AMAL oferece um espaço seguro e acolhedor. Aqui, elas podem desenvolver-se sem constrangimentos, partilhar experiências e construir a confiança necessária para se integrarem no mercado de trabalho e na sociedade em geral.
Inspirada na receita milenar do Sabonete de Aleppo, a Academia utiliza este produto como um símbolo de interculturalidade. Mesmo que as participantes não sejam originárias da Síria, o processo de produção valoriza as tradições culturais, promovendo reflexões sobre como preservar e partilhar as suas próprias heranças culturais num novo contexto.
A formação vai além da técnica, integrando o desenvolvimento de soft skills como literacia financeira, gestão de tempo e comunicação. Esta abordagem prepara as mulheres para diversos setores do mercado de trabalho, aumentando a sua empregabilidade e autonomia económica.
A Academia desenvolve a Rede de Empresas Interculturais, que facilita a ligação direta entre as mulheres capacitadas e empregadores comprometidos com a diversidade e inclusão. Este modelo inovador garante que a formação oferecida se traduz em oportunidades reais no mercado de trabalho.
A organização de eventos interculturais e workshops de produção de sabonetes promove o diálogo entre culturas, desconstrói estereótipos e fortalece os laços entre as participantes e a comunidade local, criando um impacto duradouro.
“Trabalhei na embalamento do sabonete Amal. Trabalhar com meninas de diferentes culturas e países foi interessante porque me adaptei rapidamente às meninas e adorei essa diferença entre nós e aprendi algumas coisas com elas. O método de embalagem foi excelente e o mais importante é que é um método fácil e que não leva muito tempo. As meninas e eu aprendemos a embalar rapidamente, adoro este projeto porque é natural e apoia mulheres refugiadas.”
GHUFRAN SHLASH, ORIUNDA DA SÍRIA A VIVER EM BRAGA